DIREITO DE PERSONALIDADE EM PORTUGAL: AS NORMAS JURÍDICAS DE PROTEÇÃO À INTEGRIDADE E E PRIVACIDADE

O direito de personalidade em Portugal é o conjunto de normas jurídicas que regulam o modo como as pessoas são tratadas e protegidas pela lei. Este direito inclui a proteção dos aspectos físicos, psicológicos e sociais da personalidade humana, bem como a defesa dos seus interesses e da sua integridade moral e material.

Em Portugal, o direito de personalidade é garantido pela Constituição da República e pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem. De acordo com a Constituição, todas as pessoas têm direito à inviolabilidade da sua intimidade, à proteção da sua honra e da sua imagem, bem como ao respeito pela sua dignidade. Além disso, a lei proíbe qualquer tipo de discriminação baseada na raça, gênero, religião, orientação sexual, idade ou quaisquer outros aspectos da personalidade.

O direito de personalidade abrange também a proteção da privacidade das pessoas. Isso significa que não é permitido a ninguém coletar, armazenar, divulgar ou usar informações pessoais sem o consentimento da pessoa em questão. Além disso, a lei garante o direito das pessoas de controlar a sua própria imagem, incluindo a proibição da utilização de sua imagem sem o seu consentimento.

A proteção da integridade moral e material da personalidade também é garantida pelo direito de personalidade em Portugal. Isso significa que não é permitido a ninguém ofender ou prejudicar a integridade moral ou material de outra pessoa. Por exemplo, a lei proíbe a difamação, a calúnia e a injúria, bem como a violação do segredo profissional ou comercial.

Além disso, o direito de personalidade inclui a proteção contra a violência doméstica e a proteção dos direitos dos idosos e das crianças. A lei garante que as vítimas de violência doméstica possam receber ajuda e proteção, incluindo medidas de proteção, acesso a recursos de apoio e a possibilidade de processar o agressor. Já os idosos e as crianças têm direito a uma proteção especial da lei, incluindo o direito à saúde, à educação e à segurança.

O direito de personalidade também inclui a proteção dos direitos autorais. Isso significa que as pessoas têm o direito exclusivo de proteger e controlar a exploração de suas obras literárias, artísticas, científicas ou quaisquer outros trabalhos criativos. A lei garante aos autores o direito de autorização prévia, o direito de receber remuneração pelo uso de suas obras e o direito de controlar a sua divulgação.

A proteção do direito de personalidade também está presente no direito civil, onde é regulamentada a responsabilidade por danos causados a terceiros em decorrência da violação de seus direitos de personalidade. Em caso de danos causados a terceiros, as pessoas podem ser obrigadas a pagar uma indemnização pelos danos causados.

Em Portugal, existe ainda a possibilidade de recorrer ao direito de personalidade para obter proteção contra a invasão da privacidade. Por exemplo, a lei proíbe a interceptação de comunicações telefônicas sem autorização, a espionagem e a vigilância ilegal. Além disso, as pessoas têm direito a se opor à publicação de informações pessoais que possam prejudicá-las ou prejudicar terceiros.

Em resumo, o direito de personalidade em Portugal é um conjunto de normas jurídicas que visam proteger e garantir os direitos e liberdades individuais, incluindo a proteção da integridade moral e material da personalidade, a proteção da privacidade, a proteção contra a violência doméstica, a proteção dos idosos e das crianças, a proteção dos direitos autorais e a proteção contra a invasão da privacidade. É uma importante garantia dos direitos humanos e um meio eficaz de proteger as pessoas contra a abuso e a discriminação.

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